“As parcerias com a academia são estratégicas para fomentar tanto o desenvolvimento científico e tecnológico no país quanto para incentivar os profissionais que atuam na companhia. Nos Desafios Neoenergia, o processo em si já foi transformador para os colaboradores que participaram, pois trouxe a oportunidade de interagir com pesquisadores e ganhar novos olhares sobre as questões apresentadas. Do outro lado, os estudantes tiveram também a oportunidade de usar seus conhecimentos adquiridos na academia para testá-los em casos reais, com dados e informações das operações, interagindo com profissionais qualificados”, afirma o superintendente de Inovação e Sustentabilidade da Neoenergia, Francisco Carvalho.
Essa atividade foi realizada durante três meses, entre 2019 e 2020. Doze estudantes formaram grupos para analisar três desafios reais das áreas de negócios da Neoenergia – geração térmica e hidrelétrica e distribuição de energia – sobre mudanças climáticas e biodiversidade. Acompanhados por mentores da Companhia, desenvolveram protótipos de soluções para as áreas, que poderão ser testados e incorporados.
Os resultados foram apresentados a uma banca examinadora, formada por professores e lideranças da empresa, em fevereiro de 2020. Os desafios envolveram dois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, com os quais a Neoenergia mantém compromisso: 13 (tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos) e 15 (proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade).
Além da premiação, que consistiu em uma apresentação do protótipo para os líderes e a aquisição de tablets para cada um dos três alunos que compunham o grupo vencedor, alguns meses depois esses alunos foram convidados a participar de um projeto de internalização do risco climático, por meio de bolsas de pesquisa, contribuindo com a produção de conteúdos e em discussões com especialistas no tema e representantes das áreas de negócios. Devido à pandemia de Covid-19, todas as atividades dos bolsistas foram desenvolvidas a partir de plataformas digitais.
Gestão do risco climático
Os Desafios Neoenergia fizeram parte de um conjunto de iniciativas no âmbito de um projeto pioneiro no setor elétrico brasileiro, em que foi elaborada e aplicada metodologia de avaliação de risco climático em um ativo do grupo. A planta definida para o projeto piloto foi a usina Termopernambuco (Termope) e, na sequência, a metodologia foi customizada e estendida aos Negócios Renováveis, Transmissão e Distribuição.
Os pesquisadores do Centro Clima estudaram cenários climáticos futuros georreferenciados e tendências históricas para variáveis como temperatura, velocidade e geração do vento e precipitação pluviométrica, avaliando seus potenciais impactos sobre a Termope. A partir desses diagnósticos, medidas adaptativas de planejamento, institucionais e físicas, foram identificadas para eliminar e minimizar eventuais efeitos das alterações decorrentes das mudanças climáticas. Os estudos resultaram em um ferramental estratégico para a gestão do risco climático.
Além da metodologia desenvolvida e do estímulo aos estudantes por meio dos desafios, foram oferecidos eventos de capacitação para colaboradores da Neoenergia por por professores titulares da UFRJ e pesquisadores do Centro Clima, com o objetivo de promover o tema da resiliência climática e adaptação.. Essas atividades foram realizadas online e depois disponibilizadas na Plataforma Global de E-learning (GEP), um ambiente de treinamento virtual utilizado pela área de desenvolvimento organizacional da companhia.
Inovação
Uma importante ação de integração com instituições de ensino que faz parte do Programa Universidades é o Hackathon Neoenergia. Já foram realizadas três edições dessa iniciativa, com a participação de estudantes de diversas áreas de formação, como Ciência da Computação, Design, Engenharias e Biomedicina. Os alunos selecionados desenvolveram metodologias e protótipos para as atividades de redes e geração hidráulica e eólica. O primeiro foi realizado em parceria com o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIN/UFPE), o segundo com o Instituto Metrópole Digital (IMD -UFRN) e o terceiro com o Centro de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Fruto da parceria com a UFRN, o protótipo apresentado no evento de origem a um desenvolvimento funcional, atualmente já em uso pelo time de eólicas para agregar eficiência e inteligência ao processo de gestão de dados de torres eólicas e solares.
Estratégia global
A Iberdrola tem acordos com universidades ao redor do mundo, entre eles as parcerias com o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e a Universidade de Yale, nos Estados Unidos; as universidades Comillas e de Salamanca, na Espanha; a Strathclyde, na Escócia; o Instituto Tecnológico de Monterrey, no México; e a Universidade Hamad Bin Khalifa, no Catar. As prioridades desses contratos são o desenvolvimento de estudos sobre energias limpas e digitalização, além da formação de profissionais do grupo e de estudantes dessas instituições, fomentando a pesquisa e o empreendedorismo.
SOBRE A NEOENERGIA: Companhia de capital aberto com ações (NEOE3) negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Parte do grupo espanhol Iberdrola, a empresa atua no Brasil desde 1997, sendo atualmente uma das líderes do setor elétrico do país. Presente em 18 estados e no Distrito Federal, seus negócios estão divididos nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização. As suas distribuidoras, Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern (RN), Elektro (SP/MS) e CEB-D (DF) atendem a mais de 15 milhões de clientes, o equivalente a uma população superior a 37 milhões de pessoas.
A Neoenergia possui 4 GW em geração, sendo 88% de energia renovável, e está implementando mais 1 GW com a construção de novos parques eólicos. Em transmissão, são 1.038 km de linhas em operação, destes 359 km (três trechos) entregues em 2020 e cerca de 6 mil km em construção, já considerando o lote arrematado no leilão de dezembro de 2020. Por meio do Instituto Neoenergia, fomenta o desenvolvimento sustentável a partir de ações socioambientais e, assim, contribui para a melhoria da qualidade de vida das comunidades onde a empresa atua, sobretudo, pessoas mais vulneráveis, visando sempre pelo desenvolvimento sustentável. A partir de janeiro de 2021, a Neoenergia passa a integrar a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – que reúne companhias que possuem as melhores práticas de governança e sustentabilidade corporativa.