A tarifa de energia para a área de concessão da Cosern, anualmente reajustada no dia 22 de abril, será prorrogada para o próximo dia 1º de julho em decorrência dos impactos econômicos provocados pela pandemia da Covid-19. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (14) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela regulamentação do setor elétrico no país. 

As novas tarifas já foram homologadas pelo órgão regulador, no entanto os clientes apenas irão perceber uma variação proporcional das tarifas a partir de julho, considerando a data da entrada em vigência das mesmas e a emissão das faturas. O efeito integral do reajuste autorizado pela Aneel será percebido pelos consumidores no decorrer do mês de agosto, quando completa todo o período de leitura após a aplicação do reajuste. 

O índice médio do reajuste tarifário anunciado pela Aneel foi de 3,40%. Para a baixa tensão, que inclui os clientes residenciais, o efeito médio será de 2,92%. A variação percebida pelos clientes atendidos em alta tensão, como indústrias e comércio de médio e grande porte, será de 4,72%. 

Composição da tarifa

Do valor cobrado na fatura, 32,4% são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) continuam tendo uma grande participação nos custos da tarifa de energia elétrica, representando 42,5% da mesma. Apenas 25,1% ficam na Cosern para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos. Isso significa que, para uma conta de R$ 100,00, por exemplo, cerca de R$ 25,00 são destinados efetivamente à empresa para operar e expandir todo o sistema elétrico do Estado. 

A parcela do recurso que fica com a distribuidora é aplicada, sobretudo, na manutenção e modernização da rede de distribuição que atende a hospitais e unidades de saúde, serviços essenciais para combate à pandemia da Covid-19. A empresa investe na digitalização de serviços comerciais, assegurando mais conforto e comodidade aos clientes. 

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